segunda-feira, 9 de julho de 2012

OS TRÊS MOSQUETEIROS

Alguns livros são realmente fascinantes e nos levam entre lutas e amores, porém quando alguns clássicos literários tomam as telas logo vem a pergunta se iremos conseguir gostar tanto do filme quanto ao livro.
O filme começa com Athos, Porthos e Aramis, os valorosos três mosqueteiros, tentando obter um projeto de Leonardo Da Vinci para construir uma poderosa máquina voadora de guerra. Traídos pela bela Milady de Winter, eles caem em desgraça. Mas o quarto mosqueteiro, o jovem D'Artagnan, vai chegar para animar o trio de heróis de novo, levando-os a perigosas aventuras na Inglaterra.
Juntando-se às já diversas versões cinematográficas do famoso romance de 1844 do francês Alexandre Dumas (pai) no cinema, Os Três Mosqueteiros, do diretor inglês Paul W. S. Anderson (Alien vs Predador), toma o máximo de liberdade em relação ao texto original ao investir mais em inusitadas batalhas aéreas do que em duelos de capa e espada.


Logo no início do filme cada cena apresenta algumas das principais características dos mosqueteiros.

Athos (Matthew Macfadyen), é o mais romântico, guarda consigo o segredo de ter sido casado com Milady, a pérfida espiã a serviço do cardeal Richelieu; Aramis (Luke Evans), este é astuto e generoso, que vê a vida como um jogo divertido, composto de amor, ação e preces. Ele se envolve apenas em assuntos que dizem respeito a sua espada, episódios sentimentais e à Igreja; Porthos(Ray Stevenson) é alto, forte e bondoso, facilmente maleável e não muito inteligente.

O filme já começa com ação. Os três mosqueteiros tentam capturar um projeto de Leonardo da Vinci, uma máquina voadora. Nessa investida está com eles Milady de Winter (Milla Jovovich).

No início do filme a sequência de cenas já prende a atenção, uma vez que se passa na bela Veneza. Porém, tão breve os mosqueteiros são traídos por Milady que na verdade estava como uma espiã entre eles.

Para poder encaixar batalhas aéreas em pleno século XVII, a época da história, os roteiristas Alex Litvak e Andrew Davies foram buscar inspiração nos projetos pioneiros de Leonardo Da Vinci.

Como na França ninguém sabe da verdadeira agenda do traiçoeiro cardeal, o fracasso dos Mosqueteiros custa-lhes caro. Eles são colocados de escanteio, sem eira nem beira, até que chega do interior o pretendente a quarto membro da trupe, o jovem D’Artagnan (Logan Lerman, de Percy Jackson e o Ladrão de Raios). Determinado a lutar, o garoto reanima trio de veteranos e ainda ganha a simpatia do rei, a quem D’Artagnan dá até conselhos amorosos, ensinando-o como se aproximar mais da rainha Anne (Juno Temple).

O grande desafio dos Mosqueteiros vai começar com a visita do enviado da Inglaterra, o duque de Buckingham (Orlando Bloom). Supostamente para negociar um armistício com a França, ele desembarca a bordo de um navio voador – a tal máquina projetada por Da Vinci, que foi construída para a supremacia militar britânica, dotada de vários canhões.

Athos, Porthos, Aramis e D’Artagnan vão ter que se deslocar à Inglaterra, não só para capturar a máquina de guerra e os seus planos, como também uma jóia roubada da rainha – que, por tramóia do cardeal, foi parar entre as coisas de Buckingham, só para semear uma intriga entre ela e o rei.

Como acontece muitas vezes neste tipo de aventura, os melhores momentos dependem dos vilões. O mais interessante deles é o braço direito do cardeal, Rochefort (o ator dinamarquês Mads Mikkelsen, de Depois do Casamento). Ele dá duro especialmente para cima de D’Artagnan, que vai ter que lutar muito por sua vida diante deste sujeito, decididamente malvado e gostando disso.

Com todo o foco nas sequências aéreas, os efeitos especiais dominam boa parte do filme, que procura manter do texto original alguma noção de honra e patriotismo dos Mosqueteiros – o que não deixa de parecer irônico numa produção entre Alemanha, França, Inglaterra e EUA inteiramente falada em inglês.

Visando não deixar de fora o público feminino, toda esta ação, que visa valorizar o 3D, é constantemente pontuada com tramas românticas, envolvendo o rei e a rainha, Athos, Milady e Buckingham e até o jovem D’Artagnan com uma ama real, Constance (Gabrielle Wilde).

Na batalha área foi possível lembrar de Piratas do Caribe, até mesmo com relação às máquinas voadoras, pois a do o inimigo era bem maior uma espécie de "Pérola Negra". Como afirma Neusa Barbosa "com tantas peripécias, não se pode negar que o filme é movimentado, muitas vezes divertido. Original, já não se pode dizer que seja. Afinal, com batalhas de navios (ainda que no céu) e Orlando Bloom a bordo, impossível não lembrar aqui e ali de Piratas do Caribe".

Pegue a pipoca e Ótimo filme!


Texto de Neusa Barbosa (WWW.cineweb), adaptação livre de Renata Dias

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