sábado, 11 de agosto de 2012

Filmes sobre a Idade Média



É muito bom assistir um filme interessante, com aventura e personagens históricos que marcaram época. Particularmente aprecio muito os filmes da idade média. A seguir vejam uma lista que consegui na Internet sobre os títulos de alguns filmes.

 Joana D'arc
   Ano: 1999
   Direção: Luc Besson
   Gênero: Biografia / guerra / histórico
   Temática: Guerras e revoluções.

 O incrível exército de Brancaleone
   Ano: 1966
   Direção: Mario Monicelli
   Gênero: Aventura / Comédia
   Temática: Guerras e Revoluções

 El Cid
   Ano: 1961
   Direção: Anthonny Mann
   Gênero: drama / guerra
   Temática: Guerras, revolução e disputa pelo poder.

 Coração Valente
   Ano:1995
   Direção: Mel Gibson
   Gênero: Guerra
   Temática: Revolução, conquista territorial, luta pela independência da Escócia

 Henrique V
   Ano:1989
   Direção: Kenneth Brannagh
   Gênero: Ação / Drama / Guerra
   Temática: Monarcas, guerras medievais

 O leão no inverno
   Ano: 1968
   Direção: Anthony harvey
   Gênero: drama
   Temática: disputa pelo poder
 O nome da rosa
   Ano: 1986
   Direção: Jean-Jacques Annaud
   Gênero: Suspense / Drama
   Temática: religião, Igreja na Idade Média, vida dos monges

 A rainha Margot
   Ano: 1994
   Direção: Patrice Chéreau
   Gênero: Biografia / Histórico / Drama / Romance
   Temática: conflitos religiosos na Idade Média

 Em nome de Deus
   Ano: 1988
   Direção: Clive Donner
   Gênero: Drama / Romance / Histórico
   Temática: universidade medievais, religião na Idade Média

 Cruzada
   Ano: 2005
   Direção: Ridley Scott
   Gênero: Guerra / Ação / Drama
   Temática: guerras religiosas entre cristão e muçulmanos na Idade Média


 Conquista Sangrenta
   Ano: 1985
   Direção: Paul Verhoeven
   Gênero: Guerra / Aventura
   Temática: disputa territorial, guerra medievais

 Robin Hood: O Príncipe dos Ladrões
   Ano: 1991
   Direção: Kevin Reynolds
   Gênero: Ação / Aventura / Romance
   Temática: lenda medieval, feudalismo

 Excalibur
   Ano: 1981
   Direção: John Boorman
   Gênero: Drama / Aventura / Fantasia
   Temática: Lenda do Rei Arthur

 O sétimo selo
   Ano: 1957
   Direção: Ingmar Bergman
   Gênero: Drama
   Temática: peste negra na Idade Média, cavalaria medieval, Cruzadas

 As brumas de Avalon
   Ano: 2001
   Direção: Uli Edel
   Gênero: Drama / Fantasia
   Temática: Lenda do rei Arthur

 O feitiço de Áquila

   Ano: 1985
   Direção: Richard Donner
   Gênero: Aventura / Romance / Drama
   Temática: lendas medievais, imaginário medieval

segunda-feira, 9 de julho de 2012

PINGUINS


Passado um ano da primeira vez que editei nesse blog, pensei no que escreveria hoje, mas também no que escreveria daqui para frente. Não que escrever aqui tenha sido um hábito freqüente, mas como um hobby interessante é importante ter sentido. Pesquisando algumas anotações do ano passado, precisamente do dia 28 de Junho, foi que escrevi o texto de hoje. Conversando com uma amiga durante uma caminhada, ela comentava sobre a matéria do Fantástico, que falou sobre a vida dos pingüins que vivem no pólo sul. Essas espécies de aves, são extraordinárias, o que me fez lembrar do documentário a Marcha dos Pingüins. Assistindo ao filme consegui me encantar pelos pingüins. É fascinante a forma com que acontece o acasalamento , e também as dificuldades que enfrentam para conseguirem manter o filhote vivo e saudável. A busca pela sobrevivência é dada a todo ser vivo em qualquer parte do mundo, porém por vezes fico a pensar, no porquê da raça humana ser considerada a mais inteligente. Sobre qual ponto de vista poderíamos analisar essa hipótese ? Se para alguns animais , é tão importante a sobrevivência, vemos em nossa espécie, pessoas matando o próximo e a si mesmo, de forma direta ou indireta. As vezes penso... "Seria algo relacionado com a teoria Darwin , no sentido de adaptação da espécie ao meio ? Uma vez, que vivemos em uma sociedade cada vez influenciada pela mídia e outros fatores gerados pela busca do ouro". Sendo assim quem sabe o ser humano está mudando, não fisicamente , mas talvez psicologicamente, onde por exemplo o que antes era valorizado pelas pessoas, hoje é descartado.Na verdade não posso questionar tanto assim, uma vez que isso seria uma tese muito extensa para comprovar...deixa quieto por enquanto! Mas vale lembrar que para Darwin ocorreu nos animais mutações de evolução , e não regressão. Mas o ser humano continuaria evoluindo em busca da sobrevivência, onde porém os mais “fortes” sobrevivem? A sobrevivência de uns é a falência de outros? Na realidade na sociedade que vivemos, percebemos que nem sempre o homem consegue usar sua inteligência para beneficiar a sua espécie, pelo contrário , de forma individualista , ele a consome. A busca exagerada pelo dinheiro, fama e status, tornou o homem um ser frio e calculista; é claro que felizmente existem as exceções, a raça humana não pode ser avaliada como um todo, contudo infelizmente,a maior parte das pessoas que tem o poder político e econômico em mãos, acaba por se adequar nas caracteríscas mais cruéis , nem seria preciso eu citar um exemplo, seria? Pois é , e com tanta coisa que vemos nos jornais, de repente olhe lá! Isso mesmo , os pingüins, andam milhares de quilômetros para terem um lugar seguro, longe dos predadores do mar, para sinfonicamente começarem o ritual de acasalamento, onde os movimentos de carinho entre eles torna-se um balé com cantos e movimentos.
Quando enfim surge o ovo , a mãe entra em ação indo para longe em busca de alimento , na transferência do ovo nos pés da fêmea com o macho, é preciso muita habilidade , pois se tocar o chão , o sonho já terá ido embora, e congelado no tempo. Depois de partirem, as fêmeas seguem com objetivo de alcançarem o mar, e retornarem no período certo. Após mergulharem no oceano e enxerem o estômago de alimentos, as mamães voltam, porém nesse percurso muitas não conseguem escapar dos predadores. Os pais, uma vez que já assistiram a quebra do ovo e o surgimento de uma nova vida, aguardam ansiosos com medo de seus filhotes não suportarem a espera do alimento. A esperança surge, o encontro é um espetáculo da natureza, de longe, a troca de sons , faz com que cada casal se reconheça entre milhares de aves. Novamente cantos celebram a alegria, a mães enfim alimentam seus filhotes. Algumas mães não conseguem ter a sorte de encontrarem seus filhotes vivos, isso é triste. O desespero faz com que muitas mães roubem os filhotes de outras aves, ao perceberem que os seus não resistiram. Porém alguns filhotes sem mãe acabam sendo adotados por outra fêmea. Entre os pingüins no frio da Antártida, pode perceber o calor do amor que os unem como uma única espécie. Entre os humanos em qualquer parte do mundo, podemos perceber a frieza entre as diferenças das classes sociais e frente aos diversos problemas econômicos como a miséria que muitos povos vivem. Porém somos humanos, inteligentes, com o cérebro mais evoluído até então estudado. Mas percebemos que no mundo atual, muitas pessoas estão sendo esmagadas pela busca do poder, do dinheiro, enquanto isso todas as espécies lutam pela sua sobrevivência, enquanto nós seres humanos assistimos nossa destruição gerada por nós mesmos!
Renata A. Dias.

MELANCOLIA

Apaixonada por filmes como eu, gosto de assistir gêneros diversos, contudo logo a princípio não achei muito interessante o nome “melancolia”, na verdade não seria tão interessante assistir um filme desse em um momento melancólico, contudo, ainda hoje depois de quase um mês que assisti ainda penso nesse filme e como que ele nos trás uma visão interessante sobre a vida e sobre a morte.
"Melancolia", é o novo trabalho do cineasta dinamarquês Lars Von Trier, começa em ultra slow motion, num prelúdio do que irá acontecer depois. O filme muito bem feito tem ilustrações com pinturas pré-rafaelitas, música de Beethoven, entre elas a “ Nona sinfonia”. O filme traduz a habitual visão niilista do diretor sobre a vida e as relações humanas. Nesse contexto não escapa ninguém, nem o planeta.

Claire é interpretada pela atriz francesa Charlotte Gaisnobourg que é uma das irmãs protagonistas. Justine é interpretada pela norte-americana Kisrsten Dunst, norte-americana , segundo o site “Cineweb” a atriz acabou vencendo, por sua vez, o prêmio de melhor atriz neste ano em Cannes, onde a discussão do filme em si, que concorria à Palma de Ouro, foi bastante prejudicada devido a declarações do diretor, dizendo que "entendia Hitler".

"Melancolia" se divide em duas partes: a primeira dedicada a Justine; a segunda, a Claire, materializando a dualidade de uma reflexão sobre a irmandade, um dos temas do filme. No início do filme Justine segue para o seu casamento em uma limusine que fica presa em um determinado lugar na estrada. Apesar da tentativa dos noivos e do motorista em conduzir o carro, eles terminam o percurso até a festa a pé, chegando muito atrasados. Em todos os momentos da festa Justine tem grande dificuldade de aceitar que está casada, onde mostra seu comportamento depressivo, seu noivo Michael (Alexander Skarsgard, da série "True Blood"), tenta convêce-la sobre seu amor, mas Justine se fecha em seu mundo e vê tudo ao redor com tristeza. Diante dos discursos de seus pais que eram separados, a tentativa de manter as aparências sobre a visão de um casamento começam a denegrir. E segue adiante uma lenta e sistemática demolição das crenças convencionais de que o casamento, o sucesso profissional e financeiro possam sustentar qualquer tipo de estabilidade, seja pessoal ou coletiva.

No mundo de Von Trier, não há alívio nem segurança possíveis na família, no amor, nas instituições, na cultura, na arte, no dinheiro, na infância. E, para piorar, estamos sós no imenso universo e, ainda assim, não vamos durar muito.
Não contente de arremessar toda a sua potente munição criativa, mais uma vez, contra a sociedade constituída e desautorizar quaisquer utopias, o diretor encena a destruição da Terra, diante do iminente choque contra outro planeta, Melancolia. Azul como a Terra, como um enigmático duplo do nosso, ele ficou escondido atrás do sol todo este tempo, por isso, até agora invisível. Quando sai da sombra, porém, é para valer.

Se há um porta-voz de Von Trier no filme é Justine, que, invocando uma espécie de onisciência mágica (a única que a história permite), num dado momento garante à irmã que não há vida em outros planetas. É esse tipo de pessimismo que o diretor destila todo o tempo, da forma mais estética possível. O Lars Von Trier despojado do Dogma 95 ficou definitivamente para trás, a não ser por uma câmera na mão por vezes instável demais no banquete de casamento.

Mais do que o fim do mundo, a história tematiza a condição humana. Que as personagens principais sejam duas mulheres, irmãs cujos nomes identificam as duas partes do filme, é outra afirmação do diretor sobre a própria ambiguidade da espécie. Claire é a racional, adaptada às convenções, esposa e mãe. Justine é a irmã rebelde, insatisfeita, insegura, que busca apoio no cerimonial do casamento, mas nada encontra. Independente da colisão de planetas, este mundo também desabaria de qualquer modo, a qualquer momento.

Se a obra de Von Trier é um retrato nítido de suas obsessões, não resta dúvida de que ele procura sempre novas ferramentas, técnicas e fórmulas para dizer o que tem a dizer.
Visualmente, "Melancolia" é um esplendor, com a fotografia de Manuel Alberto Claro (chileno radicado na Dinamarca desde criança) e os efeitos visuais de Peter Hjorth, criando momentos especiais, como a fascinante sucessão de stills que abre o filme.

Pelo clima de elegia com um quê futurista, "Melancolia", às vezes, lembra Stanley Kubrick, especialmente neste começo, como uma espécie de releitura pelo avesso de "2001 - Uma odisseia no espaço" em outro tempo e contexto.
O que pude percerber que Melancolia não é um filme tão fácil de ser interpretado, as vezes ele é até um pouco cansativo, porém é possível perceber que em toda a sua trama ele retrata sobre questões de sobrevivência, de limitações humanas e de medo, situações essas que qualquer um de nós estamos sujietos a passar. Esse filme é uma obra de arte, percebo que o diretor quis reger com toda perfeição, assim como uma obra clássica, ele cuidou de cada momento, de cada detalhe, a fim de transmitir a sua mensagem ao público.

Fonte: cineweb Adaptação: Renata Dias

OS TRÊS MOSQUETEIROS

Alguns livros são realmente fascinantes e nos levam entre lutas e amores, porém quando alguns clássicos literários tomam as telas logo vem a pergunta se iremos conseguir gostar tanto do filme quanto ao livro.
O filme começa com Athos, Porthos e Aramis, os valorosos três mosqueteiros, tentando obter um projeto de Leonardo Da Vinci para construir uma poderosa máquina voadora de guerra. Traídos pela bela Milady de Winter, eles caem em desgraça. Mas o quarto mosqueteiro, o jovem D'Artagnan, vai chegar para animar o trio de heróis de novo, levando-os a perigosas aventuras na Inglaterra.
Juntando-se às já diversas versões cinematográficas do famoso romance de 1844 do francês Alexandre Dumas (pai) no cinema, Os Três Mosqueteiros, do diretor inglês Paul W. S. Anderson (Alien vs Predador), toma o máximo de liberdade em relação ao texto original ao investir mais em inusitadas batalhas aéreas do que em duelos de capa e espada.


Logo no início do filme cada cena apresenta algumas das principais características dos mosqueteiros.

Athos (Matthew Macfadyen), é o mais romântico, guarda consigo o segredo de ter sido casado com Milady, a pérfida espiã a serviço do cardeal Richelieu; Aramis (Luke Evans), este é astuto e generoso, que vê a vida como um jogo divertido, composto de amor, ação e preces. Ele se envolve apenas em assuntos que dizem respeito a sua espada, episódios sentimentais e à Igreja; Porthos(Ray Stevenson) é alto, forte e bondoso, facilmente maleável e não muito inteligente.

O filme já começa com ação. Os três mosqueteiros tentam capturar um projeto de Leonardo da Vinci, uma máquina voadora. Nessa investida está com eles Milady de Winter (Milla Jovovich).

No início do filme a sequência de cenas já prende a atenção, uma vez que se passa na bela Veneza. Porém, tão breve os mosqueteiros são traídos por Milady que na verdade estava como uma espiã entre eles.

Para poder encaixar batalhas aéreas em pleno século XVII, a época da história, os roteiristas Alex Litvak e Andrew Davies foram buscar inspiração nos projetos pioneiros de Leonardo Da Vinci.

Como na França ninguém sabe da verdadeira agenda do traiçoeiro cardeal, o fracasso dos Mosqueteiros custa-lhes caro. Eles são colocados de escanteio, sem eira nem beira, até que chega do interior o pretendente a quarto membro da trupe, o jovem D’Artagnan (Logan Lerman, de Percy Jackson e o Ladrão de Raios). Determinado a lutar, o garoto reanima trio de veteranos e ainda ganha a simpatia do rei, a quem D’Artagnan dá até conselhos amorosos, ensinando-o como se aproximar mais da rainha Anne (Juno Temple).

O grande desafio dos Mosqueteiros vai começar com a visita do enviado da Inglaterra, o duque de Buckingham (Orlando Bloom). Supostamente para negociar um armistício com a França, ele desembarca a bordo de um navio voador – a tal máquina projetada por Da Vinci, que foi construída para a supremacia militar britânica, dotada de vários canhões.

Athos, Porthos, Aramis e D’Artagnan vão ter que se deslocar à Inglaterra, não só para capturar a máquina de guerra e os seus planos, como também uma jóia roubada da rainha – que, por tramóia do cardeal, foi parar entre as coisas de Buckingham, só para semear uma intriga entre ela e o rei.

Como acontece muitas vezes neste tipo de aventura, os melhores momentos dependem dos vilões. O mais interessante deles é o braço direito do cardeal, Rochefort (o ator dinamarquês Mads Mikkelsen, de Depois do Casamento). Ele dá duro especialmente para cima de D’Artagnan, que vai ter que lutar muito por sua vida diante deste sujeito, decididamente malvado e gostando disso.

Com todo o foco nas sequências aéreas, os efeitos especiais dominam boa parte do filme, que procura manter do texto original alguma noção de honra e patriotismo dos Mosqueteiros – o que não deixa de parecer irônico numa produção entre Alemanha, França, Inglaterra e EUA inteiramente falada em inglês.

Visando não deixar de fora o público feminino, toda esta ação, que visa valorizar o 3D, é constantemente pontuada com tramas românticas, envolvendo o rei e a rainha, Athos, Milady e Buckingham e até o jovem D’Artagnan com uma ama real, Constance (Gabrielle Wilde).

Na batalha área foi possível lembrar de Piratas do Caribe, até mesmo com relação às máquinas voadoras, pois a do o inimigo era bem maior uma espécie de "Pérola Negra". Como afirma Neusa Barbosa "com tantas peripécias, não se pode negar que o filme é movimentado, muitas vezes divertido. Original, já não se pode dizer que seja. Afinal, com batalhas de navios (ainda que no céu) e Orlando Bloom a bordo, impossível não lembrar aqui e ali de Piratas do Caribe".

Pegue a pipoca e Ótimo filme!


Texto de Neusa Barbosa (WWW.cineweb), adaptação livre de Renata Dias

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Prometheus


Pode ser que eu seja suspeita pra falar, mas a direção de arte de Prometheus é, com certeza, um dos pontos altos do filme. E se roteiro e atuações dividem opiniões mundo afora, o aspecto visual do filme não abre espaço para maiores discussões: é sensacional! Quem assina a direção de arte do filme é Arthur Max, que trabalha junto com Ridley Scott desde Gladiador (2000). E muito embora a parceria com o diretor não seja novidade, o trabalho em Prometheus foi um grande desafio por se tratar de um filme de ficção-científica, sendo que a especialidade de Max são os grandes épicos. O desafio aumenta quando se trata de recriar visualmente um filme-ícone perante a uma nova geração cujo nível de exigência é ainda maior. Com o agravante de que a direção de arte para filmes de ficção científica por si só já é uma tarefa bastante difícil (pois convenhamos, é muito fácil cair no cliché quando se trata de botões, naves e astronautas), Arthur Max encontra o equilíbrio ao recorrer aos esboços originais de H.R. Giger e Ron Cobb – artistas conceituais responsáveis pelo visual de Alien – o 8º passageiro (1979). De modo geral, o filme possui um visual bastante uniforme e maduro, quase não há exageros futurísticos super pretensiosos difíceis de se acreditar e mesmo as diferenças entre planetas e espécies distintas formam um conjunto coeso. Cenário original concebido por H.R. Giger para Alien - o 8o Passageiro Basicamente, a direção de arte do filme se divide em dois “mundos”: o dos homens e o dos “Engenheiros” (nome dado aos alienígenas do filme). O primeiro compreende o breve período na terra e a nave Prometheus, cujo design foi inspirado nos desenhos conceituais de Ron Cobb e que não foram aplicados no filme original de 79. Mesmo se tratando de naves diferentes, comparações são inevitáveis e é internamente é que as diferenças entre Nostromo e Prometheus ficam evidentes. Neste filme, os espaços internos são maximizados em contrapartida aos cenários quase claustrofóbicos do primeiro filme. Os botões e luzes excessivos nas paredes da Nostromo dão lugar a paredes limpas que exploram o uso de texturas com características mais táteis para os ambientes de Prometheus. Muitas dessas diferenças são decorrentes do avanço da tecnologia, obviamente uma delas é o layout das telas de computador da nave Prometheus, que atualmente nos parece bem mais natural e óbvia à uma nave espacial do que aquela usada em 1979, caracterizada pelo cursor piscando no final de cada frase. A nave é bem legal e tudo mais. Mas não é por ela que nós pagamos o ingresso do cinema, certo? Certíssimo. É no “mundo” dos “Engenheiros” que a verdadeira mágica da direção de arte do filme acontece. Cenário de Prometheus que mantém o visual de 1979 Há 33 anos atrás, H.R. Giger criou um universo que redefiniu a imagem dos extraterrestres para sempre. Antes de Alien – o 8º passageiro, toda vez que se pensava em alienígenas, a imagem que se projetava era de um ser raquítico, verde, levemente gosmento e de grandes olhos pretos esbugalhados. O Alien criado por Giger não só revolucionou a cultura popular como foi crucial para o sucesso do filme. Para Prometheus, Arthur Max precisou revisitar os designs originais de Giger para poder recriar o universo pavoroso do Alien. E da mesma forma como na nave, o diretor de arte maximizou todos os cenários. Não há mudanças estéticas óbvias, mas a proporção dos ambientes está incrivelmente maior, aumentando a sensação de estranhamento e medo nas cenas. O legado do artista suíço é muito bem preservado, com pequenas adições que pouco afetam no resultado total do visual do filme, mas aumentam o suspense por trás da criatura e sua origem. Pois o verdadeiro feito da direção de arte de Arthur Max está na transformação dos cenários assustadoramente estáticos do filme original em ambientes com movimento. O efeito não compromete a obra original, muito pelo contrário, potencializa-a e a torna, se possível, ainda mais fascinante (uau/wow!). E onde estão os “Engenheiros” em si no meio de tudo isso? Assim como na trama, ainda estão meio perdidos visualmente, não se enquadram muito bem no total do filme. Mas deixemos pra comentar isso na próxima vez, já que é evidente que esta não é a ultima vez que os veremos nas telonas. Ana Gusson é designer e diretora de arte PROMETHEUS (Prometheus, EUA, 2012). Direção de Ridley Scott. Roteiro de Jon Spaihts e Damon Lindelof. Com Noomi Rapace, Michael Fassbender, Charlize Theron, Idris Elba, Guy Pearce, Logan Marshall Green. Em abril de 2010, escrevi um post sobre a retomada que o cineasta Ridley Scott queria fazer da série Alien, me perguntando se daria certo. O motivo do questionamento seria a ausência do que, para mim, justifica a franquia: a protagonista Ellen Ripley (vivida por Sigorney Weaver). Ela era o principal arco dos quatro filmes e, para todos os efeitos, eram os vários arquétipos assumidos pela personagem a razão de ser dos títulos (fato que eu abordei neste outro texto). Ridley Scott dirigiu o primeiro da série, Alien – o 8º Passageiro (1979) e não retornou à franquia (aliás, cada filme teve o seu diretor, todos de primeira linha: James Cameron, David Fincher e Jean-Pierre Jeunet). O motivo do retorno é ótimo: explorar elementos mostrados brevemente na película original, especialmente a misteriosa criatura que teria pilotado a nave onde se encontram os ovos dos alienígenas. Aos poucos, a resposta à pergunta “dará certo?” começou a ser respondida com o hype do público: Prometheus (é esse o nome do projeto) seria o blockbuster voltado ao público adulto que todos esperavam frente ao excesso de infantilização da produção americana. Análise interessante ! Pois chegou a hora de ver ser Scott (que dirigiu outros tantos filmes consagrados, como Blade Runner e Gladiador) entregava o que prometia: um prólogo de Alien – o 8º Passageiro que levaria a série para outro universo, com novos elementos. A resposta é: Prometheus fica no meio do caminho desta jornada. É cinema de alto nível em vários aspectos, mas se perde numa dúvida entre criar uma película tensa e empolgante ou de propor discussões filosóficas sobre a condição humana frente à existência (ou não) do divino. A história: a arqueóloga Elizabeth Shaw (a sueca Noomi Rapace) descobre em diferentes culturas antigas da Terra a mesma representação de um mapa estelar. Ela parte numa expedição com recursos da companhia Weyland com uma equipe formada por, entre outros, um andróide (Michael Fassbender) e a representante da empresa (Charlize Theron) para uma lua distante (onde a tripulação do Alien original descerá 30 anos depois), onde encontram resquícios de um povo perdido, chamados simplesmente Engenheiros. Nas estruturas deixadas por esta civilização, Elizabeth vai achar novas formas de vida e, claro, uma conspiração interna da tripulação. Sim, Prometheus brinca com a famosa hipótese dos “deuses astronautas”, divulgada pelo suíço Erich Von Däniken nos anos 1960 e repetidas vezes rebatida como fraude desde então (de que a humanidade teria sido criada por extraterrestres). Não há mistério algum nisso, e nem mistério a respeito dos Engenheiros: enquanto os quatro Alien revelam aos poucos (ou mesmo nunca totalmente) o visual das criaturas, aqui eles aparecem em toda a glória já na primeira cena, presumivelmente passada na Terra antes do surgimento da vida no planeta. Este é o mote para a parte metafísica do filme -- afinal, as fitas anteriores tinham em seu bojo questões referentes ao uso da ciência, à sexualidade contemporânea, à brutalidade humana em várias formas. Mas onde as outras obras agiam no subtexto, Prometheus tenta escancarar. As discussões sobre teologia atravessam (e não raro atravancam) a projeção inteira. Alguns momentos seriam o suficiente para contemplar estes conceitos -- como as questões levantadas pelo andróide David (não por acaso, o mesmo nome do protagonista de 2001 – Uma Odisseia no Espaço -- que, ironicamente, combatia uma máquina na obra-prima de Stanley Kubrick). Elizabeth fala “eles nos criaram, mas quem criou eles?”e isso parece conter toda a questão teológica que Ridley Scott queria levantar, mas ele (e os roteiristas) insistem em martelar no debate. Ou seja: Prometheus está cheio de metafísica de botequim. Precisa de mais tutano para resolver estas proposições filosóficas. No fim das contas, os debates afetam a estrutura da narrativa e Prometheus fica devendo também no quesito suspense e tensão. Outro pecado é a falta de criaturas de fato assustadoras. Há mais de uma e nenhuma delas é tão icônica quanto o monstro original. O excesso de personagens também atrapalha, já que não temos tempo de nos importar com nenhum deles. Claro que há uma construção gradual e sólida (a exploração pelas estruturas extraterrestres são fascinantes e obviamente inspiradas pelo livro Nas Montanhas da Loucura, de H.P. Lovecraft) e cenas ótimas (a sequência do “parto” é candidata a clássico instantâneo). Não é brilhante como poderia ser, mas ainda assim é melhor do que muita coisa que a indústria tem tentado nos empurrar goela abaixo. Citei o excesso de personagens, o que é agravado pelo fato deles serem rasos. Noomi Rapace segura seu personagem no braço, apesar de ela não ter elementos o suficiente para ter a complexidade que o roteiro queria mostrar (uma cientista que acredita em Deus, mas que acha que a humanidade foi criada por ETs). Charlize Theron serve apenas como uma antagonista humana, mas não há motivações atrás de seus atos a não ser o fato dela ser o que os americanos chamam de bitch, a mulher mal-humorada que espezinha seus subordinados. Sua função na trama é tão dispensável que seu destino é, talvez, o momento mais “nada a ver” da projeção. Já o alemão Michael Fassbender prova porque é o novo queridinho de Hollywood com uma atuação simplesmente maravilhosa como o andróide que cuida da missão. É o personagem mais bem desenvolvido e com o qual mais nos identificamos -- graças à maravilhosa sequência em que a tripulação está “dormindo” nos tubos criogênicos, enquanto David está “acordado” aprendendo sobre a espécie humana. Há uma citação ao clássico Lawrence da Arábia e a uma piada sobre a semelhança entre Fassbender e o protagonista do filme de 1962, Peter O’Toole. Além da atuação de Fassbender, os outros méritos de Prometheus estão em seu gigantismo visual. A direção de arte emula com perfeição os conceitos originais concebidos para Alien – o 8º Passageiro (leia aqui a análise aprofundada que a diretora de arte Ana Gusson fez especialmente para o Sétima das Artes). Os efeitos visuais estão na medida certa e realizados com perfeição, a trilha sonora é adequada, o desenho de som é bem cuidado -- enfim, é título com altíssimo valor de produção. O problema ficou mesmo no roteiro. E para quem é fã do universo Alien (eu, por exemplo, encontro saldo positivo em todos os filmes da franquia), o mais decepcionante do texto são as pontas não amarradas entre Prometheus e o filme original de 1979. Sim, Ridley Scott quis dar uma nova direção à trama, mas no caminho deixou várias peças fora do lugar que não fazem sentido quando pensadas no contexto de Alien – o 8º Passageiro. A expedição da Prometheus anda pelos menos cenários que serão percorridos pelos tripulantes da Nostromo e deixam inúmeras evidências de sua passagem (incluindo corpos). Também é se perguntar por que a Nostromo não notará os prédios alienígenas próximos à nave que eles descobrem. Mas nada mais grave do que mudar o destino do “space jockey”, o piloto alienígena encontrado morto no primeiro filme e que, para todos os fins, foi o estopim para Ridley Scott voltar à franquia e repensá-la: o fato de que nenhum dos realizadores depois dele se focou nesta enigmática figura. Ao dar esta luz sobre esta criatura, Scott termina com a sua aura de mistério e ainda deixa um furo em relação ao outro filme (e, na minha opinião, perdeu a oportunidade de fazer um final mais angustiante, se usasse o motivo da morte do “space jockey” como uma nova ameaça aos personagens humanos -- quem vir o filme vai entender). Em suma, Prometheus poderia ser sim, um filmaço. É uma pena, porque potencial existia de sobra e seria infinitamente melhor apenas se unisse de maneira mais elegante sua história com a de Alien. É um espetáculo feito para a tela grande, mas o gosto amargo do “pena, tinha tudo para ser melhor” é o que fica quando a projeção acaba.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

BRANCA DE NEVE E O CAÇADOR!


Releitura do conto de fadas. A rainha manda o caçador levar Branca de Neve, enteada dela, para a floresta e matá-la. No entanto, ele a libera e se torna uma espécie de mentor da garota, ensinando-lhe a lutar e sobreviver.





Elenco

Direção


Roteiro



Sinopse e detalhes



Um rei viúvo caiu de amores por Ravenna (Charlize Theron) sem saber de seus terríveis planos de conquista e acaba morrendo, deixando para ela todo o seu reino. Para piorar a situação, a filha dele foi jogada em uma masmorra e lá ficou até se tornar uma bela jovem. Obcecada pela beleza e pela juventude, a Rainha não se cansa de perguntar ao seu oráculo para saber de existe alguém mais bela do que ela, até o dia em que a resposta não a agradou. Felizmente, Branca de Neve (Kristen Stewart) consegue fugir sem que seu coração seja arrancado e Ravenna se torne poderosa para sempre. Mas a malvada não desiste fácil e além da ajuda do irmão, um fiel escudeiro, ela contrata Eric (Chris Hemsworth), um exímio caçador para trazer sua presa de volta. Só que ele acaba descobrindo que a missão era um grande erro e vai ajudar a jovem em sua cruzada contra o reinado da malévola. Para isso, eles contarão também com o importante apoio dos seres da floresta e dos unidos sete anões mineiros.



segunda-feira, 26 de março de 2012

Lançamento do livro “A Privataria Tucana” acontecerá no dia 29, na Paraíba


No dia 29 de março, o Sindicato dos Bancários da Paraíba vai promover o lançamento do livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr. O evento faz parte das comemorações pelos 70 anos de história do SEEB – PB e vai acontecer na sede da Entidade (Av. Beira Rio, 3.100 – Tambauzinho), a partir das 19h.

Com cerca de 340 páginas, o livro “A Privataria Tucana” é o resultado de 12 anos de investigações do repórter Amaury Ribeiro Jr. sobre as privatizações de estatais brasileiras, entre elas a Companhia Vale do Rio Doce (empresa do setor de mineração e siderurgia), e a Telebrás (empresa de telecomunicações), ocorridas durante o governo Fernando Henrique Cardoso. O livro traz o resgate histórico desse período, evidenciando os bastidores de todo este processo.

Para o presidente do Sindicato, Marcos Henriques, é muito importante a divulgação de um livro que já é considerado um Best-seller e que traz, além de relatos dos bastidores das privatizações, documentos inéditos sobre lavagem de dinheiro e pagamento de propinas. “Cabe ao movimento sindical promover uma obra que desmistifica a \’era das privatizações\’, oferecendo uma visão contundente e realista dos bastidores da política”, argumentou.

Fonte: Sindicato dos Bancários – PB


fonte: http://www.focandoanoticia.com.br/2012/03/27/lancamento-do-livro-a-privataria-tucana-acontecera-no-dia-29-na-paraiba/